Governo Anuncia e Revoga Aumento do IOF: Entenda o Que Mudou

O resumo do que você precisa saber sobre a mudança na alíquota do IOF.

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Gerson Correa

5/27/20253 min read

a calculator sitting on top of a table next to a laptop
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Governo Anuncia e Revoga Aumento do IOF: Entenda o Que Mudou

Em maio de 2025, o governo brasileiro anunciou um aumento significativo nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), visando reforçar a arrecadação fiscal. No entanto, após intensa reação negativa do mercado e críticas de especialistas, parte dessas medidas foi revogada em menos de 24 horas. Este artigo detalha o que foi inicialmente proposto, os motivos do recuo e o que permanece em vigor.

📌 O Que é o IOF?

O IOF é um tributo federal que incide sobre diversas operações financeiras, como empréstimos, câmbio, seguros e investimentos. Além de sua função arrecadatória, o IOF é utilizado como instrumento de política econômica, podendo ser ajustado por decreto presidencial.

📈 O Anúncio do Aumento

Em 22 de maio de 2025, o Ministério da Fazenda anunciou um pacote de medidas para aumentar a arrecadação em R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. Entre as mudanças, destacavam-se:

Investimentos de fundos nacionais no exterior: alíquota de IOF passaria de 0% para 3,5%.

Remessas de pessoas físicas para o exterior com fins de investimento: alíquota aumentaria de 1,1% para 3,5%.

Compras internacionais com cartão de crédito e débito: alíquota subiria de 3,38% para 3,5%.

Compra de moeda estrangeira em espécie: alíquota aumentaria de 1,1% para 3,5%.

Empréstimos externos de curto prazo: alíquota passaria de 0% para 3,5%.

Aportes mensais acima de R$ 50 mil em planos de previdência privada (VGBL): alíquota de 5%.

Operações de crédito para empresas: alíquota máxima anual aumentaria de 1,88% para 3,95%.

Essas medidas foram justificadas como necessárias para equilibrar as contas públicas e corrigir distorções no sistema tributário.

⚠️ Repercussão e Críticas

O anúncio gerou forte reação negativa do mercado financeiro, economistas e empresários. Críticos argumentaram que as medidas poderiam desestimular investimentos estrangeiros, prejudicar a internacionalização da economia brasileira e representar um retrocesso em relação à abertura econômica. Além disso, a falta de coordenação com o Banco Central e a surpresa do mercado com o anúncio foram pontos de crítica.

🔄 O Recuo do Governo

Diante da repercussão negativa, o governo convocou uma reunião de emergência e, na noite do mesmo dia, anunciou a revogação de parte das medidas:

Investimentos de fundos nacionais no exterior: a alíquota de IOF permanecerá em 0%.

Remessas de pessoas físicas para o exterior com fins de investimento: a alíquota continuará em 1,1%.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a decisão foi tomada após diálogo e avaliação técnica, visando evitar especulações sobre os objetivos dame dida e preservar a confiança na economia brasileira.

✅ O Que Permanece em Vigor

Apesar do recuo em algumas áreas, outras medidas do pacote continuam válidas:

Compras internacionais com cartão de crédito e débito: alíquota de 3,5%.

Compra de moeda estrangeira em espécie: alíquota de 3,5%.

Empréstimos externos de curto prazo: alíquota de 3,5%.

Aportes mensais acima de R$ 50 mil em planos de previdência privada (VGBL): alíquota de 5%.

Operações de crédito para empresas: alíquota máxima anual de 3,95%.

📊 Impacto na Arrecadação

Com a revogação parcial das medidas, a expectativa de arrecadação adicional foi reduzida. Inicialmente, o governo previa um aumento de R$ 20,5 bilhões em 2025, mas esse valor deverá ser menor devido às alterações.

🤔 Conclusão

O episódio evidencia a complexidade de implementar mudanças tributárias significativas e a importância de uma comunicação eficaz com os diversos setores da sociedade. Embora o objetivo de equilibrar as contas públicas seja legítimo, é essencial considerar os impactos econômicos e sociais das medidas propostas.